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Falhas tipo cluster na perda dos implantes dentários: acima ou abaixo dos 5%?

  • Foto do escritor:  PAULO ROSSETTI
    PAULO ROSSETTI
  • 24 de jan.
  • 2 min de leitura

Falhas tipo cluster nos implantes dentários: 2% são um bom sinal?
Falhas tipo cluster nos implantes dentários: 2% são um bom sinal? Foto: IA.

Em dois posts anteriores neste blog, escrevi sobre o fantasma dos 5% e o que é a "taxa de sobrevivência cumulativa" nos implantes dentários.


Porém, nesta área, ainda resta outro ponto importante: as falhas tipo cluster.


Falhas tipo cluster


Esse tipo de falha, pelo conceito mais atual, significa "...a perda de dois ou mais implantes, no mesmo paciente, num intervalo de até 2 anos após sua colocação."


Ou seja, elas podem ser precoces ou tardias.


Embora o período de "até 2 anos" seja empírico, ele serve como alerta para colocarmos os nossos pacientes nos programas de manutenção e suporte, já que as próteses possuem os mais variados desenhos, materiais, esquemas oclusais e protocolos de carga.

Ainda, dentro desse conceito, existem alguns fatores de risco que propiciariam o efeito cluster, sendo:


Potencialmente negativos ao nível dos pacientes:

  • uso de antidepressivos

  • bruxismo


Potencialmente negativos ao nível dos implantes:

  • implantes com superfície sem tratamento (maquinados)

  • implantes curtos

  • qualidade óssea ruim

  • tabagismo

  • bruxismo

  • medicamentos que reduzem a acidez gástrica


Entretanto, a taxa de falha tipo cluster, segundo a revisão mais recente, fica perto dos 2%, para os implantes de superfície rugosa (diversas marcas citadas nesse trabalho, sem que haja uma predominância).



"Dois implantes ou mais..." e os riscos nas próteses


A frase acima merece uma reflexão. A maioria das próteses totais fixas sobre implantes está na faixa dos quatro aos seis elementos. Essa quantidade, bem distribuída ao longo das arcadas, é suficiente para aguentar e disseminar as forças mastigatórias.



  • Entretanto, na maxila, especialmente na situação com dois implantes zigomáticos nas posições distais e dois implantes anteriores convencionais, a resolução clínica será complexa. Falhas na região anterior necessitariam de enxertos extensos em maxilas severamente atróficas, enquanto as falhas na região posterior possivelmente retornariam os pacientes à condição de uma prótese total convencional.


Em resumo, esses 2% das falhas tipo cluster podem ser piores do que os 5% das falhas gerais.

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