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Foto do escritor PAULO ROSSETTI

Próteses totais digitais: uma questão de expectativa versus realidade?


Próteses totais digitais: uma questão de expectativa versus realidade?
Próteses totais digitais: uma questão de expectativa versus realidade?

Próteses totais digitais: uma questão de expectativa versus realidade?

Levantamentos epidemiológicos são esforços coordenados para se obter a situação atual de algum aspecto. É a “foto” do momento. Daqui, tiramos frequências, estimativas, prevalências. É o que o IBGE deve fazer de tempos em tempos para conhecer como a nossa população muda (ou é alterada) pelas influências cotidianas.

 

A Odontologia digital está por aí. O problema é conhecer essa tal de “realidade”. Para isso, volte no parágrafo de abertura desse post, que contém a solução para o problema. Ou, uma tentativa de resolver o problema. Essa dificuldade é fato em qualquer país, mesmo quando as perguntas são de múltipla escolha.

 

E o que deveria funcionar bem dentro de uma classe odontológica...não funciona. Motivos? Falta de curiosidade? Falta de interesse? Ninguém sabe.

 

Vamos ao exemplo do American College of Prosthodontics: uma classe dentro de uma classe, que paga anuidade, faz suas reuniões e tudo mais, certo? Sim. Agora, imaginem que desejamos conhecer o comportamento de cada membro sobre o uso de próteses totais digitais.

 

Cria-se um projeto, aprova-se no Comitê de Ética, faz-se uma comunicação inicial por e-mail, associa-se uma empresa especializada em pesquisas eletrônicas, e aguarda-se cuidadosamente no sofá da sala, entre uma série e outra do seu programa favorito, a estatística pronta desta pesquisa porque “você acredita”, ou melhor “você idealiza”, como em qualquer outra entidade, que todo mundo está totalmente “comprometido” em esclarecer o cenário.

 

Mas deveria estar mesmo?

 

Que fique claro, nada contra o ACP, é direito deles de não participar.


E o mundo não funciona como as engrenagens do seu celular, que às vezes “trava na atualização”, “não descarrega as fotos”, mas a vida continua.

 


Essencial, porque estamos num processo de transição (especialmente no Brasil), e as próteses totais digitais estão pelo menos há 8 anos no mercado norte-americano.

 

Dos 1820 membros ACP, apenas 16,8% (são 305 profissionais) responderam. Se você acha que é pouco, pergunte a qualquer funcionário(a) de um call center: para quantas pessoas ele(a) deve ligar no dia e cumprir a meta de atendimento? Um trabalho de paciência. Nos levantamentos online, não seria diferente.

  

E agora, um pequeno resumo desse comportamento, considerando mais de uma resposta para a mesma pergunta:
  • 31% estavam implantando as próteses totais digitais

  • 36% interessados em aprender ou incorpora-las no dia a dia

  • 37% disseram que não haviam experimentado

  • 12% que haviam testado, mas não estavam interessados

 

 

Sobre os fatores a serem considerados na implantação dessa rotina digital:
  • 55% = custos laboratoriais

  • 77% = tempo clínico de atendimento

  • 81% = satisfação do paciente

 

Quando perguntados sobre os laboratórios, 46% ofereciam serviços digitais contra 49%. Os formandos em décadas recentes (começo dos anos 2000) demonstraram mais interesse na aquisição de conhecimento digital em prótese total.

 

Nas respostas escritas, frases como “a velocidade de atualização deixa os equipamentos obsoletos cada vez mais rápido”, “...deficiência de cor e individualização na estética”, “mais custos laboratoriais em função de procedimentos adicionais no computador”, e “a evidência científica que precisa se tornar mais robusta” foram identificadas.

 

Curiosidade: o custo de “uma prótese total convencional”, neste levantamento, variou entre 500 e 3 mil dólares...

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