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  • Foto do escritor PAULO ROSSETTI

Reabilitações orais complexas sobre dentes e implantes

Atualizado: 24 de fev.


Prótese parcial fixa sobre implantes. Fonte: arquivo pessoal.
Prótese parcial fixa sobre implantes. Fonte: arquivo pessoal.


A Odontologia é uma especialidade onde o prognóstico dentário individual determina a longevidade dos tratamentos restauradores. É comum vermos pacientes com poucos elementos dentários (a maioria na região anterior entre caninos) ou situações onde a dimensão vertical não é suficiente para inserção das próteses sem que modificações significativas (como por exemplo, ortodontia, extrações) sejam executadas antes ou em paralelo com os tratamentos.

Nesses casos, a primeira consulta, onde a conversa com os pacientes será ampla e esclarecedora, deve trazer à tona alguns tópicos importantes:


Capacidade de higienização: a maioria dos pacientes se apresenta com restaurações antigas extensas (amálgamas, pinos), dentes tratados endodonticamente, cáries radiculares. As próteses novas necessitarão de manutenção rigorosa, já que muitos dentes ainda terão estrutura coronária capaz de reter as novas próteses. Em sua grande maioria, as próteses novas estão esplintadas (não será possível passar o fio dental pelas regiões proximais dente por dente). Um dos testes mais simples para determinar se o seu paciente consegue melhorar o grau de higienização consiste em mastigar uma pastilha evidenciadora e fazer fotos de controle. Lembre-os que ao longo dos anos, o tabagismo (cigarro e derivados) se torna o maior inimigo dos ossos e das gengivas. É importante que seus pacientes reduzam a quantidade de maços por dia.


Quais dentes ficarão na boca: o segundo ponto envolve a mecânica da prótese. Dentes com lesões periodontais avançadas e sem chance de regeneração, raízes curtas (<10mm), ou coroas naturais exageradamente fora da curva oclusal poderiam ser preparados e usados apenas como pilares temporários antes da reabilitação oral definitiva ser instalada. Isto é necessário porque em diversas ocasiões eles são os únicos elementos que ainda mantém a contenção cêntrica durante a oclusão.


Nem toda região óssea é adequada para receber implantes dentários: classicamente, a região posterior dos maxilares possui baixa densidade óssea. Isto significa que alguns implantes precisarão de um tempo maior até que sua rigidez interfacial com o osso seja melhorada. Entretanto, é possível conectar a prótese provisória aos implantes estratégicos e dentes remanescentes.


O número de próteses provisórias varia muito: pacientes diferentes possuem hábitos alimentares diferentes e isto muda a capacidade de conservação da resina que vai na prótese. Nos casos onde o bruxismo e o apertamento são ativos, seu paciente precisará de uma placa oclusal de acrílico para evitar vindas recorrentes ao seu consultório. Outra dica importante seria reforçar a resina ou utilizar materiais mais densos.


A consulta para a prótese de transição será longa: havendo dentes preparados que serão extraídos no momento da colocação dos implantes dentários, o tempo para finalização da nova prótese no consultório será maior. Pedir mais “paciência” ao seu paciente é uma redundância inevitável.


As primeiras semanas: a confiança para morder estará aumentada. Entretanto, é comum termos lesões na bochecha, feridas nos lábios, e alterações no padrão de fala. A capacidade de adaptação varia.


Muitas próteses não compensarão a perda de volume nos ossos e gengivas: mas elas servem como diagnóstico para saber quando, como e em quais regiões os futuros enxertos serão realizados.



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