A osteogênese imperfeita (OI) é caracterizada pela fragilidade corporal. Ela ficou conhecida como "doença do osso de vidro". Na maioria dos casos, representa uma mutação gênica nos colágenos COLA1 e COLA2. Pacientes apresentam baixa estatura e outras características físicas.
Embora seja uma doença rara (1:20 mil casos), grande parte desses pacientes têm uma condição de interesse à Odontologia: a dentinogênese imperfeita.
Ainda, a fragilidade corporal generalizada ocasiona dor crônica e fraturas inesperadas. Assim, um dos tratamentos preconizados para impedir que o osso (colágeno) fique frágil são os bisfosfonatos.
O mecanismo é simples: bisfosfonatos impedem a remodelação óssea, diversas vezes comentada aqui em alguns posts.
O ponto central: essa remodelação é um dos motores da fase de erupção dentária, quando os pacientes começam a "trocar" os dentes.
Mas Odontopediatras e Ortodontistas, que possuem treinamento para fornecer a melhor atenção possível aos pacientes com OI, também deverão ficar atentos ao fato recém observado:
Um estudo recente acaba de mostrar que o uso de dois bisfosfonatos atrasa a erupção dentária na primeira fase da dentição mista.
Essas diferenças são significativas para os incisivos centrais superiores e incisivos laterais inferiores, mas principalmente nos primeiros molares permanentes (p< 0,001).
Ao final dos 9 anos de idade, pacientes que não usam esses medicamentos já estavam com toda a fase de dentição mista finalizada, fato verificado em apenas 30% das crianças com osteogênese imperfeita.
Confira no link abaixo:
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