A perda de Contato entre Dente e Implante: Ficha de Exame Gratuita
- Paulo Rossetti 
- 15 de out.
- 3 min de leitura

No dia do professor brasileiro em 2025, um post de utilidade pública e uma ferramenta gratuita!
Uma ficha especial para examinar o ponto de contato entre o dente e o implante e tomar providências.
AVISO: essa ficha não veio de nenhum consenso famoso ou recente. Ela foi preparada depois de conversar muito com...completem a frase mentalmente. E olha que ficou muito boa!
Agora, para que vocês não se esqueçam de baixar essa ficha PDF e fazer a impressão (está tudo em uma página, é bem simples), cliquem aqui.
Depois, voltem para ler o post e entender porque devemos nos preocupar com esse fenômeno (como se já não bastasse a tal peri-implantite).
Se vocês recebem ou tratam pacientes que possuem próteses sobre implantes adjacentes aos dentes naturais, já passaram por esse tipo de situação.
Quando nós não planejamos em conjunto com o cirurgião ou não colocamos os nossos próprios implantes dentários, teremos uma maior chance de variação em todos os aspectos das restaurações finais, começando pelo tamanho da mesa oclusal, do cantilever, e especialmente nos contatos proximais.
E mesmo quando planejamos nossos implantes, muitas vezes, os pacientes não querem passar pela movimentação ortodôntica, ou submeterem-se aos desgastes (slices) proximais que melhorariam a anatomia final das restaurações (leia-se menos impacção alimentar).
A diferença entre a extensão coronária e a extensão cervical nas coroas dentárias naturais, somada ao efeito do volume vestibular e lingual da anatomia, cria relações interproximais que podem ser "áreas" ou "contatos".
Além disso, as ameias interproximais podem ser pequenas ou amplas e, dependendo das relações oclusais que o seu paciente possui, esses contatos podem ficar "mais para vestibular" ou "mais para lingual".
E assim, chegamos à nossa situação clínica: a perda de contato entre dente e implante.
O que é a perda de contato entre dente e implante?
- define-se como a ausência ou “afrouxamento” do contato entre a restauração implantossuportada e o dente natural adjacente, de modo que o fio dental passe sem resistência ou com pouca resistência (dependendo da definição do estudo). 
- é mais comum ao lado de implantes porque dentes naturais possuem ligamento periodontal (com micro mobilidade e remodelação ao longo do tempo), enquanto implantes são anquilosados ao osso. Essa assimetria biomecânica favorece migração/deriva do dente vizinho e a abertura do contato, sobretudo no sentido mesial. 
Por que a perda de contato pode ocorrer?
Migração/flutuação do dente natural
- a presença de ligamento periodontal, remodelação e padrões de flutuação mesial explicam a maior incidência em mesial, com o dente “caminhando” contra uma restauração rígida (o implante) e abrindo o contato. 
Carga oclusal e biomecânica
- em 2024, uma análise conceitual propõe que vibração/ondas de tensão decorrentes do impacto oclusal em coroas sobre implantes possam contribuir para a perda de contato proximal, intrusão dentária e o afrouxamento do parafuso 
Tipo de restauração
- uma prótese parcial fixa curta (com dois implantes) estaria mais propensa à perda de contato na região mesial do que coroas unitárias 
- o risco seria maior quando o dente natural é contíguo à uma restauração esplintada sobre implantes dentários 
Desenho proximal e perfil de emergência
- a área/forma do contato e o perfil de emergência podem influenciar a retenção de biofilme e a facilitação de impactação alimentar; coorte de 2024 ressalta sua importância clínica 
A perda de contato proximal é multifatorial?
- sim. Não existe um fator isolado, mas um grupo de fatores que pode aumentar esse risco, como tudo o que já foi comentado acima. 
Como eu faço o exame? Que tipo de recomendação posso dar aos meus pacientes?
- embora não exista um consenso oficial, é possível compilar os fatores de risco listados acima e orientar melhor os nossos pacientes. 
Agora, que tal fazer o download gratuito clicando na ficha abaixo:



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