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  • Foto do escritor PAULO ROSSETTI

Flapless = boneless? A espessura crítica na maxila

Atualizado: 18 de jan.


No princípio dos anos 2000, o exame de tomografia computadorizada por feixe cônico começava a se popularizar em função das cadeiras posicionadoras (contraponto ao tomógrafo de mesa) e praticidade de operação.


Hoje, o custo é cada vez mais acessível, e a TCFC é considerada como grande auxiliar no diagnóstico do volume ósseo antes da instalação dos implantes osseointegrados.


A TCFC é um exame do tipo não destrutivo: além de fornecer volume, seus cortes axiais proporcionam a espessura das tábuas ósseas vestibular e lingual. Claro, o interesse está na região estética.


Também, é do conhecimento de todo radiologista ou especialista em imagem: o tamanho do vóxel tem que ser reduzido dos seus habitais 0,3 mm - 0,4 mm para 0,1 mm porque a tábua óssea na maxila é muito fina.


Entretanto, também existe a microtomografia computadorizada, que gera imagens com maior precisão do que uma TCFC. Pela sua alta dose de radiação, está descartada nos seres humanos.


Mas, quando ela é usada em crânios humanos secos, os benefícios são ampliados.


Dados recentes mostram que a espessura na região estética maxilar, entre caninos, pode ser menor do que se pensa:

  • ao nível cervical, quer seja central, lateral, ou canino, a espessura óssea não passa dos 0,5mm; praticamente, é o tal "bundle bone".

  • quando se caminha da cervical ao nível do ápice, a espessura no aspecto vestibular pouco muda

  • a espessura no aspecto palatino é diferente, podendo sim ficar entre 3 - 4mm ao nível do ápice

  • um dos dados mais interessantes é a prevalência de fenestrações, que pode chegar aos 20% na região cervical e aos 33% mais próxima do ápice deste dente

  • centrais e laterais também mostram fenestrações entre 13% e 10%, respectivamente


Os dados deste artigo também atentam para um cuidado maior nos planejamentos com cirurgia flapless (sem retalho): não podemos confiar 100% na imagem de TCFC.



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