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Sinusite odontogênica x rinosinusite crônica: as bactérias e a interação dentista e otorrinolaringologista

  • Foto do escritor:  PAULO ROSSETTI
    PAULO ROSSETTI
  • 7 de fev.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 12 de fev.


Sinusite odontogênica: quando o otorrinolaringologista entra em cena?
Sinusite odontogênica: quando o otorrinolaringologista entra em cena?

Você, cirurgião e cirurgiã-dentista tem, pelo menos uma vez ao ano, algum incômodo com a disbiose bacteriana relacionada ao seio maxilar? Pode ser uma sinusite de origem odontogênica ou uma rinosinusite crônica.


Tapetes, cortinas, estantes abertas, papéis espalhados pela mesa, o filtro do ar condicionado, e outros objetos que possam reter poeira são entes suspeitos nessa história, sem contar os naturalmente alérgico(a)s.


Apesar do seio maxilar ser naturalmente revestido por um epitélio estratificado ciliado, com um muco que funciona como "areia movediça", há momentos em que ele não dá conta das bactérias.


E a certeza vem quando o seu otorrinolaringologista diz, no meio da consulta "... o óstio está bloqueado, a sua mucosa nasal está bem inflamada", já preparando a receita do antibiótico e do corticosteroide para a primeira noite de sono melhor que a anterior.


Em outros momentos, o problema pode ir além da área médica: uma sinusite bacteriana pode ser uma sinusite de origem odontogênica.


Sinusite odontogênica: aguda x crônica

A sinusite odontogênica pode ser aguda ou crônica. Em termos simples, basta acompanhar os sintomas abaixo:


Sinusite aguda

  • febre

  • dor de cabeça

  • dor sub orbital

  • congestão nasal

  • o famoso "nariz escorrendo", com ou sem descarga pós nasal


Sinusite crônica

  • todos os sintomas de febre e dor acima aliviados, exceto pela descarga nasal



Sinusite odontogênica x sinusite maxilar

Uma sinusite odontogênica é muito parecida com uma sinusite maxilar, exceto pela dor e pelo mau cheiro serem mais evidentes na primeira situação.


Esse "mau cheiro" normalmente se mistura ao paladar e saliva e assim o paciente sabe quando algo está errado.


Ainda, a sinusite odontogênica tem imagem na radiografia e/ou na tomografia computadorizada unilateralmente mostrando o velamento / opacificação do seio maxilar.


Aqui, a fonte dos problemas pode ser pulpar, periodontal, polpa-periodonto, ou por outros motivos (por exemplo, fístula oroantral, corpos estranhos)


Sinusite odontogênica x rinosinusite crônica

A rinosinusite crônica é bilateral e afeta diversas cavidades incluindo os seio maxilares.


Conforme a revisão sistemática mais recente, a prevalência de Fusobacterium nucleatum é maior nos casos de sinusite odontogênica, enquanto a do Staphylococus aureus é maior nos casos de rinosinuste crônica.


Entretanto, Peptostreptococcus e Prevotella também são gêneros encontrados na sinusite odontogênica, mas em quantidades não tão significativamente diferentes comparadas à rinosinusite crônica.


Como fazer a interação odontologia e otorrinolaringologia?


O Consenso publicado em 2024 propõe estratégias no enfrentamento da sinusite odontogênica usando um fluxograma de decisão marcando a cooperação entre o dentista e o otorrinolaringologista.


Esse esquema demonstra em quais situações é necessário manter / extrair o dente, optar pela endoscopia cirúrgica, e até mesmo fazer a preservação do rebordo alveolar, em função da continuidade ou não do assoalho do seio maxilar e da evolução dos sintomas.


Clique abaixo e faça o download gratuito:




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