Célula-Tronco Estromal: Cresça e Multiplique-se!
- Paulo Rossetti 
- 28 de jan.
- 3 min de leitura
Atualizado: 23 de ago.

Se você é um estudante de pós-graduação envolvido com a biologia celular e a engenharia tecidual, sabe "de cor e salteado" que as células-tronco podem ser hematopoiéticas ou mesenquimais.
Células-tronco hematopoiéticas originam elementos linfoides (células T, B) e mieloides (por exemplo, hemácias, macrófagos).
Uma célula tronco mesenquinal / estromal pode ser produzida na medula óssea (osteoblasto, adipócito, pericito), no cordão umbilical, ou no folículo dentário. Sim, há regiões da boca onde podemos encontrar células-tronco.
Nos trabalhos, é frequente encontrarmos termos como: célula-tronco estromal, célula-tronco mesenquimal, ou até célula-tronco medicinal.
Para evitar confusões e manter a padronização na comunicação científica, o último Consenso Delphi da ISCT listou os itens mínimos visando aumentar a reprodutibilidade dos trabalhos e a força da evidência.
Abaixo, as novas determinações que visam aumentar a confiança nos resultados publicados. Maiores detalhes podem ser encontrados no artigo original.
Os nove critérios para definir e caracterizar uma célula-tronco estromal: quais são?
Terminologia
1. Célula-tronco do estroma (estromal).
Expressão dos marcadores celulares
- Descrição dos seus marcadores positivos e negativos 
- Ponto de corte (% de células na citometria de fluxo) para caracterizar um marcador celular como positivo ou negativo 
- Os resultados da citometria de fluxo com a % de células positivas para cada marcador positivo e negativo 
- Relatar os marcadores positivos para definir uma célula-tronco estromal 
- Relatar os marcadores negativos para definir uma célula-tronco estromal - Tecido de origem
- Fazer a descrição da fonte - Evidência da potencialidade (stemness)
- Se for usado o termo "stem", explicar / descrever os métodos usados para demonstrar essa "potencialidade". - Ensaios funcionais "in vitro"
- Descrever os atributos críticos da qualidade na verificação da potência e das propriedades da célula-tronco estromal. 
Quais são os 33 itens mínimos no relatório do desenvolvimento científico?
Grupos de intervenção e controle
Via de administração
- A via de administração deve ser relatada. 
Dose
- A dose no grupo de intervenção deve ser relatada. 
- A dose deve ser normalizada pelo peso corporal. 
- A concentração do produto (números de células / mililitro de veículo) deve ser relatada. 
- O veículo onde está a célula-tronco estromal deve ser informado. 
- A taxa de infusão (via intravenosa) deve ser relatada. 
- O uso de adjuvantes no preparo ou processamento da célula-tronco estromal deve ser relatado 
- Quando houve grupo controle, suas características devem ser relatadas. 
- O tipo de controle usado deve ser relatado. 
Características da célula-tronco estromal
Proveniência
- Do paciente, do doador, ou da empresa fornecedora. 
- Características do doador (idade, sexo, IMC, condição sistêmica, medicamentos, tabagismo) amplamente relatadas. 
- Fonte tecidual de obtenção destas células 
- Procedimento de extração (enzimático, mecânico) 
- Sua compatibilidade imunológica (autólogo, alogênico) 
"Condição física" (o "shape") da célula-tronco estromal
- Condição antes da administração (fresca, crio preservada) 
- Na situação crio preservada, o número de meses de congelamento antes do seu uso. 
- Na situação crio preservada, a temperatura de congelamento antes do seu uso. 
- Para estudos clínicos com células crio preservadas, o condicionamento das células antes do seu uso. 
- Qualquer ensaio funcional realizado e seus resultados. 
- Se as células usadas são do mesmo lote ou lotes diferentes. 
Viabilidade celular
- O ensaio de viabilidade antes do seu uso deve ser reportado. 
- O tipo de ensaio de viabilidade. 
- Os resultados deste ensaio de viabilidade. 
Condições de cultura
Método
- O método usado (cultura 2D ou 3D). 
Oxigênio
- O nível de oxigênio usado (por exemplo, 5% ou 21%). 
Confluência celular
- Estudos com células frescas ou preservadas devem relatar a % de confluência antes do uso clínico. 
Meio de cultura
- O meio de cultura deve ser relatado. 
- Os números de catálogo (meio e reagente) devem ser reportados. 
Uso do soro
- O uso (ou não) do soro deve ser relatado. 
- O tipo de soro deve ser relatado. 
- A quantidade de soro (% do total do meio de cultura) deve ser relatada. 
Uso do lisado de plaquetas humanas
- O uso (ou não) desse produto no meio de cultura celular deve ser relatado. 
- Sua quantidade (% do total do meio de cultura) deve ser relatada. 



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