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O fantasma dos 5% na perda dos implantes dentários

  • Foto do escritor:  Paulo Rossetti
    Paulo Rossetti
  • 5 de nov. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 5 de set.


    Além dos números, é preciso fazer uma análise qualitativa da perda dos implantes dentários.
Além dos números, é preciso fazer uma análise qualitativa da perda dos implantes dentários

Em quase toda a literatura nacional e internacional, as taxas de perdas dos implantes dentários ficam entre 3% e 5%. Mas o que isto significa?

Depende dos números originais que você tem. Melhor, dos implantes que você já colocou.

Vamos criar uma tabela sobre a sua prática clínica considerando os seus implantes dentários e que “você perdeu” 5% em média ao longo de 5 anos de uso, o que seria o começo de uma grande vitória.


Então, qual seria a “melhor” situação? Eu sei, perder o menor número de implantes possível.



Os 5% de perda dos implantes dentários

número de implantes colocados

falhas (5%)

50

2,5

100

5

150

7,5

200

10

250

12,5

300

15

350

17,5

400

20

450

22,5

500

25

1000

50


Os 3% de perda dos implantes dentários

número de implantes colocados

falhas (3%)

50

1,5

100

3

150

4,5

200

6

250

7,5

300

9

350

10,5

400

12

450

13,5

500

15

1000

30


Entre perder 5% ou 3%

número de implantes colocados

(5% - 3%)

50

1

100

2

150

3

200

4

250

5

300

6

350

7

400

8

450

9

500

10

1000

20


Tudo bem se pararmos por aqui? Não. Em qualquer caso de perda de implante dentário, sendo abaixo ou acima de 4-5 elementos, as perguntas que todo clínico deveria fazer:


  • O implante perdido é pilar de uma prótese fixa? De quantos elementos? Ele era um pilar mesial ou distal?

  • O implante perdido é um elemento intermediário de uma prótese total fixa sobre implantes dentários?

  • O implante perdido era um dos pilares da sua overdenture?

  • O implante perdido era um dos implantes zigomáticos?

  • O implante perdido era um elemento unitário na zona estética?


Reexaminando as tabelas comparativas, tecnicamente, teríamos perdido um caso completo de uma prótese total na mandíbula (quatro implantes) depois de 100 a 200 implantes dentários em posição, no acompanhamento teórico de 5 anos.


Ou, quem sabe, quatro casos de implantes unitários?

Mais uma vez: o que é pior?


Entretanto, só teríamos atingido uma “curva de perdas”, se podemos chamar assim, pelo menos, depois de uns 200 implantes em posição.


E mesmo que estas perdas aconteçam antes dos primeiros 5 anos e pelos mais diversos fatores, elas não alteram a sua “meta de execução” dos 100 a 200 implantes.


Precisamos fazer entre 100 - 200 implantes para começarmos a entender como estamos administrando os nossos riscos cirúrgicos e o que poderemos fazer para muda-los.


O risco cirúrgico é a fusão da anatomia local e da sua habilidade como cirurgião ou cirurgiã-dentista. A anatomia local pode ser modificada, e o nosso treinamento melhorado, principalmente nos casos onde “não fazer” significará mais do que “ter feito”.


Não é difícil termos os 200 implantes/ano se colocarmos dois por dia. Ou, se você coloca 12 por semana (por exemplo, três casos em pacientes totalmente edêntulos), multiplique por 48-50 semanas, e chegará à marca de 576 - 600 implantes.

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Paulo Henrique Orlato Rossetti - a ciência da Odontologia no seu dia a dia
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